Resumo: A busca por marcadores biológicos eficientes, específicos e sensíveis para identificar o tipo tumoral e caracterizar o estágio da progressão neoplásica tem sido alvo de inúmeros estudos. Para os tumores de cabeça e pescoço, especialmente os tumores de tiroide, não tem sido diferente. Os tumores tireoideamos originam-se de dois tipos celulares principais: carcinoma medular originário de células parafoliculares e as neoplasias de células epiteliais foliculares, que incluem bócio, adenomas, carcinomas diferenciados (carcinoma papilífero e carcinoma folicular) e carcinoma indiferenciado (carcinoma anaplásico). O comportamento biológico distinto faz com que cada tipo tumoral necessite de uma conduta terapêutica específica. O conhecimento acumulado ao longo destes anos, utilizando métodos de biologia molecular e, mais recentemente, a genômica, identificou mutações específicas de câncer de tiroide e, atualmente, muitas das alterações que ocorrem na expressão de fatores de crescimento, seus receptores e proteínas sinalizadoras intracelular nas neoplasias tiroidianas. Contudo, apesar desses, até o momento nenhum marcador eficiente que auxilie no diagnóstico e prognóstico e, consequentemente, para indicação de uma terapêutica mais adequada foi identificado. Todo o conhecimento acumulado no entendimento dos eventos genéticos e moleculares que envolvem os tumores de tiroide ainda são insuficientes, assim sendo, o objetivo principal deste trabalho consiste na busca por marcadores moleculares que auxiliem no diagnóstico clínico e indiquem terapêuticas melhor direcionadas evitando gastos cirúrgicos desnecessários de alto custo. O desafio maior será identificar marcadores capazes de distinguir tumores de tiroide malignos de benignos, que necessitam de intervém cirúrgica ou são facilmente tratáveis. |