Resumo: Pesquisas de âmbito nacional têm revelado aumento nas prevalências de sobrepeso e obesidade em todos os estratos da população brasileira. Concomitante a isto, vem sendo amplamente divulgado os malefícios a saúde, tanto a curto quanto a longo prazo, decorrentes de um peso corporal elevado e que a adoção de um estilo de vida ativo e saudável é fundamental para reverter este quadro. No entanto, isto parece não ser o suficiente para promover mudanças de comportamentos. Estudos internacionais recentes apontam a subestimação do peso corporal como o principal fator da não adesão a comportamentos de perda de peso e que em crianças além da autopercepção subestimada, a subestimação relatada pelos pais acerca do peso dos próprios filhos é crucial para a manutenção do sobrepeso, uma vez que ao se perceber com um peso corporal adequado, crianças e jovens obesos não se sentem motivados a perder peso, justificando assim a não eficiência das intervenções voltadas a diminuição da obesidade infantil. No outro extremo, crianças e adolescentes que superestimam sua imagem corporal tendem a se engajar em comportamentos de perda de peso nocivos a saúde, desencadeantes de trantornos alimentares, como anorexia e bulimia. Pesquisas nacionais acerca da precisão da percepção da imagem corporal de crianças brasileiras não foram evidenciadas. Desta forma, o objetivo do presente estudo será verificar a concordância entre o peso real das crianças e a percepção do tamanho corporal (autorreferida e relatada pela mãe) e os fatores associados (variáveis sociodemográficas, raça, comportamentos de perda de peso e funções psicossociais e a satisfação com a imagem corporal de crianças brasileiras. Serão convidados a participar do estudo escolares do sexo masculino e feminino de sete a 10 anos de Brasília – DF e seus pais ou responsáveis. As variáveis avaliadas serão: insatisfação e percepação da imagem corporal avaliadas por meio do Software de Avaliação da Percepção Corporal, IMC, sintomas depressivos avaliados por meio do Inventário de Depressão Infantil e a autoestima por meio da escala de autoestima de Rosenberg, além de variáveis sociodemográficas (escolaridade do pai e da mãe e renda) e comportamentos referentes a perda de peso. Os dados serão analisados no programa estatístico SPSS – versão 20.0 (Statistical Package for Social Sciences), adotando-se nível de significância de 5%. |