Pesquisa
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Projeto: Oxigenoterapia inalatória para idosos em clínica médica: construção e validação de protocolo e aplicativo de indicação e ajuste

Coordenador(a): MARIA LIZ CUNHA DE OLIVEIRA
Vigência: 27/04/2020 a 27/04/2023
Situação: Inativo
Programa/Curso: Gerontologia - Stricto Sensu
Escola: {nme_escola}
Agência: Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde
Edital: FEPECS - Edital Nº 22/2019
Chamada FEPECS - Edital Nº 22/2019
Resumo:
Introdução:
Embora haja estudos científicos com recomendações baseadas em evidências, para administração da oxigenoterapia, o contexto clínico carece de práticas sistematizadas para esta terapêutica. Observa-se frequentemente a indicação e o ajuste do oxigênio suplementar para idosos a partir de avaliação de critérios subjetivos.

Objetivo Geral

Construir e validar um protocolo de indicação e ajuste de oxigenoterapia inalatória para pacientes idosos hospitalizados em clínica médica na Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal, à luz das melhores evidências científicas.

Objetivos Específicos

• Construir e validar o protocolo de indicação e ajuste de oxigenoterapia para idosos hospitalizados;
• Desenvolver um software para dispositivo eletrônico móvel, que aplique os parâmetros do protocolo na utilização da oxigenoterapia inalatória em idosos, a partir de dados da avaliação clínica.
• Validação do software por profissionais de saúde.

MATERIAIS E MÉTODO

A pesquisa divide-se em dois estudos, a saber:

Estudo 1 Construção e validação do Protocolo

Delineamento do Estudo
Trata-se de um estudo metodológico de construção e validação de protocolo assistencial de indicação e ajuste de oxigenoterapia inalatória para idosos em clínica médica.
O protocolo será elaborado a partir do modelo conceitual do BTS guideline for emergency oxygen use in adults patients. (O’DRISCOLL et al, 2008) e dos resultados obtidos em revisão sistemática sobre oxigenoterapia inalatória em idosos.
A construção do instrumento observará os padrões de atuação da equipe assistencial do setor de clínica médica da internação e pronto socorro, e a legislação brasileira em vigor.
Para sua validação, será utilizada a avaliação por comitê de especialistas.
Amostra
A amostra será composta por profissionais especialistas que atuam na assistência ao paciente em clínica médica da internação e pronto socorro das unidades hospitalares da Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal.
Os profissionais que comporão o comitê de especialistas serão selecionados pela técnica em cadeia de referência ou “bola de neve” (Snowball Tecnique), na qual a amostra é definida por meio da indicação de pessoas que atendam aos critérios de inclusão, pelos participantes iniciais.
Há grande discussão acerca do número de juízes. Alguns estudos recomendam um mínimo de cinco e máximo de dez pessoas, outros sugerem entre seis e vinte sujeitos, ainda outros propõem entre seis e vinte especialistas. Entretanto, a decisão deve ser pautada na característica do instrumento, na formação, qualificação e disponibilidade dos profissionais necessários. (ALEXANDRE e COLUCI, 2011)
Pretende-se selecionar, pelo menos um profissional de cada área, de pelo menos uma unidade hospitalar de cada regional de saúde do Distrito Federal, num total de 21 especialistas.
Critérios de inclusão
Serão incluídos profissionais das áreas de medicina, enfermagem e fisioterapia, uma vez que estes possuem atribuições diretas na administração da oxigenoterapia inalatória. Os critérios de inclusão da amostra correspondem a uma adaptação dos critérios de determinação do perfil de peritos, proposto por Fehring (1987), incluindo experiência mínima de dois anos na assistência ao idoso; para enfermeiros e fisioterapeutas, titulação mínima de especialização na área hospitalar e/ou saúde do idoso; para médicos, titulação mínima de residência em clínica médica; para todos os profissionais, participação em cursos de atualização ou congressos nos últimos dois anos.
A seleção dos especialistas deve considerar a experiência e a qualificação dos membros do comitê, com descrição dos critérios utilizados nessa seleção. Os critérios recomendados pela literatura englobam experiência clínica, publicações e pesquisas sobre o tema, ser perito na estrutura conceitual envolvida e ter conhecimento metodológico sobre a construção de instrumentos. (ALEXANDRE e COLUCI, 2011)
Critérios de exclusão
Serão excluídos os profissionais das áreas diversas da medicina, enfermagem e fisioterapia e, aqueles que, mesmo dessas áreas, não atuem em clínica médica e não atendam aos critérios de determinação do perfil de peritos, adaptado de Fehring (1987).
Análise de Risco
Existe rico dos participantes responderem as questões sem uma avaliação profunda.
Benefícios da Pesquisa
Disponibilização de um instrumento para padronização dos critérios de utilização do O2 na rede.

Coleta de dados
A coleta de dados será feita por meio de formulário eletrônico disponibilização pelo Google Docs. (Apêndice D).
O instrumento é composto por duas seções, sendo uma versão adaptada do instrumento utilizado por Jorge (2015). A primeira seção corresponde a informações sobre o perfil profissional, na qual os participantes responderão questões sobre área de formação, tempo de experiência, áreas de atuação, grau acadêmico e participação recente em evento científico. A segunda seção trata da avaliação do protocolo, segundo aspectos relacionados ao objetivo, conteúdo, linguagem, relevância, funcionalidade e usabilidade, por meio de uma escala tipo Likert de quatro pontos, referentes ao grau de concordância com os aspectos avaliados: “concordo fortemente”, “concordo”, ‘discordo”, “discordo fortemente”.
Antes de ser aplicado, o instrumento será submetido a uma etapa pré-teste, realizada por 10 avaliadores, que verificação critérios de clareza, organização, objetividade, aparência, adequação da apresentação e conteúdo. (
Os profissionais selecionados serão contactados por meio de correio eletrônico, com uma carta convite (Apêndice E), em que será convidado a praticar da pesquisa. Neste contato será disponibilizado o link para acesso ao formulário eletrônico, que ficará disponível para preenchimento pelo período de 20 dias.
Ao acessar o link disponibilizado, o participante será direcionado para o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (Apêndice F), que deverá ser preenchido e aceito, assinalando-se a opção de consentimento, para posterior abertura do instrumento e suas instruções.
Será utilizada a técnica de Delphi, cuja operacionalização se dá por sucessivas etapas de julgamento do instrumento pelo grupo de especialistas. Na primeira etapa, o instrumento é enviado para avaliação dos especialistas. Os resultados são analisados e os itens que não obtiverem o valor estipulado de consenso são revisados ou eliminados. O instrumento é então reenviado aos especialistas, com as informações dos resultados obtidos na primeira etapa, para novo julgamento. (JORGE, 2015)
Método de análise de dados
A aplicação dos questionários por via eletrônica possibilitará o registro das respostas em uma base de dados, com possibilidade de exportação para o software Microsoft Excel e, posteriormente, para o SPSS 22.0 (Statistical Package for Social Science).
Será realizada análise estatística exploratória, utilizando-se medidas de tendência central (médias) e de dispersão (máximo e mínimo), assim como análise de frequências relativas e percentuais.
Para cálculo do Índice de Validade de Conteúdo (IVC) serão consideradas concordância as respostas “concordo fortemente” e “concordo”; e como discordância as respostas “discordo”, “discordo fortemente”, e “não sei”. Os valores serão aplicados na fórmula:
IVC=concordância/(total de respostas)
Para verificar a validade de novos instrumentos, os estudos recomendam uma concordância mínima de 0,80. (ALEXANDRE e COLUCI, 2011)

Estudo 2

O desenvolvimento do software para dispositivo móvel terá como fundamento a norma ABNT ISSO/TR 16982:2014, intitulada Ergonomia da interação humano-sistema – métodos de usabilidade que apoiam o projeto centrado no usuário.
Será desenvolvida em quatro etapas, seguindo como modelo o estudo de Araújo (2018).

Definição dos Requisitos e elaboração do mapa conceitual do aplicativo
O conteúdo técnico-científico que comporá a base teórica do aplicativo relaciona-se aos parâmetros clínicos de administração de oxigenoterapia inalatória em idosos hospitalizados em clínica médica, baseados no BTS guideline for emergency oxygen use in adults patients e nos achados das revisões realizadas no Estudo1. Este material servirá de base textual das telas e elaboração do mapa conceitual do aplicativo, definindo funcionalidades, fluxo de interação e lógica de funcionalidade; e para construção do conteúdo dos tutoriais do aplicativo.
As funcionalidades do sistema foram definidas segundo o objetivo principal do aplicativo, que é oferecer uma interface tecnológica para utilização do protocolo de indicação e ajuste de oxigenoterapia inalatória em idosos hospitalizados em clínica médica, a partir de dados de avaliação clínica.
Será elaborado um fluxograma para visualização da sequência de atividades e da relação entre os dados inseridos e o fluxo de informações para direcionar o desenvolvimento do algoritmo da programação.
Geração das alternativas de implementação e prototipagem
A geração das alternativas de implementação será operacionalizada pela metodologia ágil de desenvolvimento de softwares denominada Scrum, fundamentada nos pilares de transparência, inspeção e adaptação, com o objetivo de aperfeiçoar a previsibilidade e controlar os riscos do projeto. (SILVA et al, 2013)
A transparência garante a clareza dos processos que envolvem o resultado para ambas as partes envolvidas no projeto. A inspeção, realizada ao longo do projeto, objetiva detectar variações e ajustar o processo para evitar problemas futuros. A necessidade de adaptação decorre da inspeção e consiste na adaptação do processo para qualquer variação detectada. (SILVA et al, 2013)
Na metodologia Scrum, os requisitos do projeto são organizados numa lista de tarefas, segundo a prioridade de cada item. Os mais importantes devem ocupar o topo da lista, que deve ser constantemente atualizada, para revisões das prioridades. (SILVA et al, 2013)
Os processos desta metodologia se dão por meio de desenvolvimento incremental, divididos em sprints, que correspondem ao período de trabalho para cada fase incremental. Cada sprint dura, em média, 30 dias, e deve ter objetivo claro e definido para todos os envolvidos. Os sprints se desenvolvem com reuniões diárias da equipe, para manter a atualização do status do projeto e auxiliar a tomada de decisões. Ao final de cada sprint, o produto definido para ser desenvolvido deve estar pronto, codificado e testado. (SILVA et al, 2013)
Estima-se que a construção do aplicativo demande cerca de seis sprints, de 15 dias cada um.
Será utilizado o software React Native para gerar alternativas par as funcionalidades do aplicativo, tendo em vista a adoção de tecnologias livres e abertas, sempre que possível.
Protótipos funcionais (alpha, beta e pré-lançamento) serão integrados à estrutura do aplicativo para realizar testes reais com usuários e potencial.
Avaliação e validação do aplicativo
A avaliação do aplicativo será realizada por profissionais da área de tecnologia e informação da Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal, e por profissionais das áreas de medicina, enfermagem e fisioterapia da mesma instituição, que correspondem aos usuários potenciais do software.
Será convidado um profissional responsável pela área de tecnologia e informação de uma unidade hospitalar de cada região de saúde do Distrito Federal, totalizando sete profissionais.
Dentre médicos, enfermeiros e fisioterapeutas, serão convidados um profissional de cada área, de uma unidade hospitalar de cada região de saúde do Distrito Federal, preferencialmente aqueles que participaram do Estudo 2, totalizando 21 profissionais.
Para a fase de testagem, a Norma Brasileira ABNT ISO/IEC 25062:2011 recomenda amostragem mínima de oito participantes. O estudo contará com 28 participantes.
Os participantes serão selecionados pela técnica em cadeia de referência ou “bola de neve” (Snowball Tecnique), na qual a amostra é definida por meio da indicação de pessoas que atendam aos critérios de inclusão, pelos participantes iniciais.
Os profissionais selecionados serão contactados por meio de correio eletrônico, com uma carta convite (Apêndices G e H), em que será convidado a praticar da pesquisa. Neste contato será disponibilizado o link para download da versão de teste do aplicativo, em seu dispositivo móvel, e para acesso ao formulário eletrônico, que ficará disponível para preenchimento pelo período de 20 dias.
Ao acessar o link do formulário, o participante será direcionado para o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (Apêndice I), que deverá ser preenchido e aceito, assinalando-se a opção de consentimento, para posterior abertura do instrumento e suas instruções.
Avaliação por profissionais de tecnologia e informação
Testes de usabilidade são feitos a partir de simulação de situações de uso, para avaliar um produto por meio da observação sistemática dos usuários interagindo com o sistema. A avaliação da usabilidade envolve princípios, também denominados heurísticas (KRONE, 2013)
O objetivo é verificar a qualidade da interface, comparando os resultados com as metas definidas para estabelecer se o produto apresenta um nível aceitável de qualidade. (PÁDUA, 2012)
A avaliação envolve as dez heurísticas de Jacob Nielsen (1994), apresentadas por Krone (2013): (1) Visibilidade do status do sistema, que deve sempre manter o usuário informado; (2) Compatibilidade entre sistema e mundo real, pois deve utilizar a linguagem do usuário, ao invés de termos orientados ao sistema; (3) Controle e liberdade para o usuário, que deve ter a possibilidade de sair do estado não desejado e essa opção deve estar destacada; (4) Consistência e padrões, pois não pode haver dúvidas, por parte do usuário, sobre o significado de palavras, situações ou ações; (5) Prevenção de erros, considerando que prevenir problemas é preferível a elaborar boas mensagens de erro; (6) Reconhecimento no lugar da lembrança, evitando que o usuário necessite acionar a memória a todo momento; (7) Flexibilidade e eficiência de uso, possibilitando ao usuário customizar ações frequentes; (8) Projeto minimalista e estético, em que cada unidade de informação extra compete com informações relevantes e reduz a sua visibilidade relativa; (9) Auxiliar os usuários a reconhecer, diagnosticar e recuperar erros, fornecendo mensagens de erro claras com instruções para resolução, utilizando o menos número possível de passos; (10) Ajuda e documentação, a partir de um bom conjunto de documentação e ajuda, visível e de fácil acesso.
O estudo de Krone (2013) propõe a utilização de outras três heurísticas, adaptadas e validadas, para avaliação de usabilidade para celulares: (1) Pouca interação homem/dispositivo; (2) Interação física e ergonomia; (3) Legibilidade e layout.
Como instrumento de avaliação será utilizado do checklist de 48 itens (Apêndice J), proposto por Krone (2013), que, segundo o autor, foi o instrumento com melhor validade para medir a usabilidade de softwares, além de demandar menos tempo para a avaliação.
A avaliação heurística é baseada no conhecimento e na experiência de avaliadores especialistas, que, a partir da análise das interfaces do sistema, apontam possível problemas e sugerem soluções. Combinar avaliação com listas de conferência (checklists) e avaliação heurística permite obter a vantagem das duas abordagens. (PÁDUA, 2012)
Avaliação dos especialistas usuários – médicos, enfermeiros e fisioterapeutas
O instrumento de avaliação a ser aplicado aos especialistas usuários é uma adaptação daquele utilizado por Araújo (2018), baseado na norma ISSO/IEC 25010 (International Organization for Standardization/International Electrotechnical Commission) (Apêndice K). São avaliadas características de adequação funcional, confiabilidade, usabilidade, eficiência de desempenho, compatibilidade e segurança de aplicativos móveis.
Para o teste, os especialistas usuários receberão um estudo de caso fictício de um idoso hospitalizado em clínica médica, com dados de avaliação clínica a serem inseridos no aplicativo para realização das etapas de indicação e escolha do dispositivo para oxigenoterapia inalatória. Posteriormente, proceder-se-á ao preenchimento do formulário, que disporá das opções: “Acordo”, “Desacordo” e “Não se aplica”; para cada item da avaliação, sendo que a opção “Desacordo” implica na necessidade de justificar o motivo, e a opção “Não se aplica” será descartada.
O julgamento dos resultados seguirá aquele adotado no estudo de Araújo (2018), baseado na escala proposta pela norma ABNT NBR ISO-IEC 14598-6, sendo o valor esperado de 70% de respostas positivas, considerado adequado.
Implementação
Após os resultados dos testes, e realizadas as devidas correções, a versão final do aplicativo será registrada
Equipe:
1 - ALEXANDRE FRANCO MIRANDA - Pesquisador Interno
2 - Cinthia Leal Dominato - Pesquisador Externo
3 - CLAYTON FRANCO MORAES - Pesquisador Interno
4 - EDUARDA REZENDE FREITAS - Pesquisador Interno
5 - HENRIQUE SALMAZO DA SILVA - Pesquisador Interno
6 - LUCY DE OLIVEIRA GOMES - Pesquisador Externo
7 - MARIA LIZ CUNHA DE OLIVEIRA - Pesquisador Interno
8 - VICENTE PAULO ALVES - Pesquisador Interno
Orçamento Aprovado:
Serviço de TerceirosR$ 26.989,96
Valor TotalR$ 26.989,96
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