Resumo: As infecções fúngicas tem se tornando cada vez mais frequentes e com surgimento de novos patógenos em todo o mundo. Avanços na medicina resultaram no aumento da sobrevivência de pacientes críticos; por outro lado, representam um risco significativamente maior de infecções fúngicas oportunistas, com grande impacto para saúde pública (WHO, 2020). Existem vários desafios neste contexto, tais como arsenal terapêutico limitado, tratamento prolongado, toxicidade e interações medicamentosas e o surgimento de isolados resistentes. Diante deste cenário, o nosso grupo tem-se dedicado nos últimos anos a identificar um alvo terapêutico específico e promissor, Trr1-Tiorredoxina Redutase, centrado no desenvolvimento de antifúngicos mais seguros e eficazes. O sistema de tioredoxina envolvido no controle do estado redox das células foi escolhido como alvo, uma vez que apresenta características que conferem especificidade. Este projeto encontra-se com resultados robustos e perspectivas mais concretas e direcionadas, que poderá viabilizar a introdução de uma nova classe de drogas com perfil fungicida, diferente daquelas que já estão disponíveis no mercado. Os resultados têm demostrado que compostos contendo o anel 1,3,4-oxadiazólico apresentam atividade antifúngica promissora e direcionada contra o sistema tioredoxina. Esta proposta tem como foco principal, selecionar, sintetizar, testar e eleger os derivados que poderão seguir para os estudos pré-clínicos in vivo utilizando modelagem farmacocinética de base fisiológica (PBPK), para definição da primeira dose animal. Esta proposta agrega diferentes grupos de pesquisa (UCB/UnB, UEM, UNIFESP, UNEMAT, LORIA) com diferentes “expertises” que se complementam, e ainda com a parceria de empresa do ramo farmacêutico analítico (ICF) e de um grupo internacional na área de bioinformática (LORIA – Nancy/França), o que propiciará o desenvolvimento adequado do projeto. Esta proposta encontra-se bem alinhada com o contexto de C&T e Inovação no País. |