Coordenador(a): | THIAGO DOS SANTOS ROSA | ||||||||
Vigência: | 01/12/2022 a 30/11/2024 | ||||||||
Situação: | Ativo | ||||||||
Programa/Curso: | Educação Física - Stricto Sensu | ||||||||
Escola: | {nme_escola} | ||||||||
Agência: | Fundação de Apoio a Pesquisa do Distrito Federal | ||||||||
Edital: | FAPDF 09/2022 - Demanda Espontânea | ||||||||
Chamada | Chamada Única | ||||||||
Resumo: Introdução: Afetando 10 a 15% da população mundial, a doença renal crônica (DRC) é reconhecida como um problema de saúde pública, caracterizada pelo declínio progressivo da taxa de filtração glomerular (TFG); e é classificada em cinco estágios. O estágio terminal requer terapia renal substitutiva, como a hemodiálise. A hemodiálise é um tratamento dispendioso, gerando um custo mínimo de R$194,00 por sessão para o Sistema Único de Saúde. Mesmo assim, a hemodiálise não é comparável a função fisiológica renal e como consequência do constante desequilíbrio hidroeletrolítico e inflamatório há uma rápida progressão de comorbidades como fragilidade, sarcopenia, anemia, doenças metabólicas, cardiovasculares e cerceamento da liberdade do indivíduo, que deverá todos os dias ou no mínimo 3 vezes por semana, entre 2 a 4 horas submeter-se à diálise. Consequentemente, há aumento dos níveis de ansiedade, depressão e número de internações hospitalares, além do aumento da mortalidade nessa população. A hipertensão, diabetes e obesidade são doenças com alta prevalência no mundo e são as principais causas de DRC. O rim é afetado por diferentes condições físico-químicas e componentes moleculares que em desequilíbrio, como aumento da citocinas pró-inflamatórias e espécies reativas de oxigênio e nitrogênio, podem gerar lesões glomerulares e tubulares. Tal condição explica parcialmente o motivo pelo qual doenças que afetam a hemodinâmica e o metabolismo são doenças capazes de induzir maior estresse oxidativo e inflamação renal contribuindo para progressão da DRC, assim como para a progressão de doenças cardiovasculares. A literatura científica, incluindo recentes produções do nosso grupo, aponta que o treinamento de força (TF) pode ofertar benefícios em diferentes estágios da DRC, possivelmente freando o declínio da TFG e progressão a níveis mais avançados da doença, e consequentemente evitando a necessidade de hemodiálise. Ademais, a aplicação do exercício físico durante a hemodiálise em pacientes terminais pode diminuir a inflamação, o estresse oxidativo, a anemia e a disfunção do sono, melhorando sua qualidade de vida e diminuindo o número de internações hospitalares. No entanto, há uma baixa adesão e aderência dessa população em programas de treinamento físico devido seu alto custo das clínicas e centros especializados para treinamento físico e baixa taxa de recrutamento, reflexos da pandemia e suas medidas restritivas. Por outro lado, o treinamento de força “home-based”, ou seja, treinamento domiciliar acompanhado remotamente por profissionais ganharam grande proporção tornando-se uma possível solução para a continuidade do tratamento. Contudo, pouco se sabe sobre o efeito do treinamento de força “home-based” como instrumento para atenuar a progressão da DRC no estágio conservador ou sua aplicação em pacientes no estágio terminal, assim como os possíveis mecanismos moleculares envolvidos e a real segurança em sua prescrição. Nesse sentido, é importante ressaltar a possibilidade da aplicação deste modelo de treinamento como uma nova terapia alternativa para prevenir a progressão da DRC ou doenças cardiovasculares. Objetivos: Avaliar os efeitos do programa de treinamento de força domiciliar com acompanhamento remoto sobre os parâmetros cardiovasculares, renais, metabolismo ósseo e sobre o perfil redox e inflamatório de pacientes com doença renal crônica em tratamento conservador e hemodialítico/terminal. Materiais e métodos: Serão recrutados voluntários, aproximadamente 180 adultos com idade igual ou superior a 18 anos, com doença renal crônica em tratamento conservador (n = 90) e hemodialítico (n = 90) em Palmas-TO, Brasília-DF, e em São Paulo-SP, caracterizando-se como um estudo multicêntrico. Os voluntários serão submetidos a um teste de preensão manual, avaliação antropométrica e a coletas de sangue pré e pós 6 meses de TF. Ambos os grupos de pacientes (tratamento conservador e hemodialítico) serão divididos em subgrupos: grupo controle conservador sem TF (CON-CTL; n~45), conservador + TF (CON+TF; n~45), hemodialíticos sem TF (HD-CT; n~45) e hemodialíticos + TF (HD+TF; n~45).O protocolo de treinamento consistirá em 3 séries de 8 a 12 repetições para 10 exercícios, com duração de 24 semanas, a ser realizado três vezes por semana em dias não consecutivos. O TF+RF utilizará restrição moderada de 50% da pressão arterial sistólica. Serão feitas análises bioquímicas (aproveitando as análises de rotina das clínicas e ambulatórios), de estresse oxidativo, inflamação, perfil lipídico e glicêmico, além de moléculas do metabolismo mineral ósseo e vascular. Contribuições gerais do projeto: Melhorar a compreensão sobre os efeitos e mecanismos do TF “home-based”- domiciliar acompanhado remotamente por profissionais em pessoas com doença renal crônica sobre diversos parâmetros de saúde, o que pode auxiliar e incentivar novas pesquisas sobre essa temática. O projeto possibilitará a participação de doentes renais em programas de treinamento resistido, podendo talvez, reduzir e a desistência, melhorando a qualidade de vida e o bem-estar social, especialmente para pacientes com piores condições socioeconômicas. Além disso, os dados obtidos auxiliarão no desenvolvimento do aplicativo Renal-Cardiac Fit para gerenciamento de rotinas de exercício físico pacientes com DRC, conceito desenvolvido em nosso grupo de estudos e aprovado em seleção inicial edital interno da instituição (omitida para evitar identificação) para pré-aceleração de Startups. Palavras-chaves: Doença Renal Crônica, Treinamento de Força, Pressão Arterial, Homeostase Glicêmica, Função Renal, Inflamação e Estresse Oxidativo.. |
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Equipe: |
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Orçamento Aprovado:
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