Resumo: O plasma rico em plaquetas (PRP) é uma terapia endógena, composto de uma suspensão concentrada de sangue centrifugado, que contém fatores de crescimento (FC) derivados das plaquetas do próprio paciente, usados no tratamento de fraturas ósseas e para estimular a regeneração de feridas em cães. Este plasma eleva a regeneração tecidual afetando o recrutamento, proliferação e diferenciação celular; quando aplicado de forma tópica em feridas cutâneas, pode ser particularmente efetiva devido à sua alta concentração de leucócitos, os quais resultam em debridamento local e atividade antibacteriana. Por ser uma substância autóloga, o risco de alguma reação é mínimo, além de ser algo localizado e não sistêmico, diminuindo ainda mais os riscos, sendo considerado, segundo Martínez González (2002) uma substância segura no seu uso clínico. O objetivo deste experimento consiste na manipulação do Plasma Rico em Plaqueta (em gel) no laboratório do Hospital Veterinário Público de Brasília, onde será produzido e aplicado de forma tópica e estéril em feridas abertas de cães, sendo elas de cunho: Incisas, corto-contusa, limpas-contaminadas, de qualquer tamanho ou de cunho crônico. Além de analisar a eficiência do mesmo, na evolução cicatricial das feridas cutâneas. O tutor de cada animal primeiramente, receberá o termo de consentimento livre e esclarecido (anexo 1) dos objetivos da pesquisa, depois receberá uma ficha (1° via) de preenchimento de análise da ferida antes de iniciar com o tratamento e a 2° via ficará com o responsável do projeto. A ficha será preenchida pelo executor do projeto (Júlia Freitas Lima), através da avaliação física do paciente, feito logo após a aferição dos parâmetros vitais, que consiste na aferição da temperatura corporal (via retal), frequência respiratória, frequência cardíaca, tempo de preenchimento capilar (TPC), avaliação de mucosas, avaliação da hidratação do animal e avaliação dos linfonodos (submandibular, pré-escapular, axilar, inguinal e poplíteo). Esta avaliação consiste em analisar os aspectos macroscópicos da ferida fazendo uma descrição da mesma, juntamente com a classificação, seus aspectos físicos (anexo 2), para facilitar no manejo clínico do paciente durante o tratamento e para relatar detalhadamente o caso no final da pesquisa. A avaliação da cicatrização será feita de forma presencial, no mesmo local onde foi realizado a aplicação a cada 7 dias, começando a contagem a partir do primeiro dia de aplicação, até que comece a formar o tecido de granulação (tecido cicatricial). No momento da avaliação será considerado alguns pontos como: Ausência de secreção na ferida, diminuição do edema, diminuição da dor, diminuição ou ausência de infecção localizada e presença de tecido cicatricial, tudo isso será relatado na ficha do animal. No final, será feita uma análise descritiva a respeito da eficácia da utilização do PRP nos dois grupos diferentes. A análise será baseada no delineamento experimental com fator de efeito fixos, escolhido em dois grupos, o primeiro grupo são pacientes com feridas de cunho Incisas, corto-contusa, limpas-contaminadas, de qualquer tamanho, e o segundo grupo, de feridas de cunho crônico. O teste estatístico realizado será o teste T de Student, de curva normal (desvio padrão) para a observação da evolução da ferida e para análise do estudo. |