Resumo: Introdução: O envelhecimento populacional é um dos maiores desafios do século XXI. Estima-se que em 2050, cerca de um quarto da população mundial será composta por pessoas com 60 anos ou mais, o que solicita o delineamento de programas e políticas de cuidados aos diferentes cenários de velhice e envelhecimento. Países europeus como Portugal, assistiram à transição demográfica e epidemiológica a mais tempo que o Brasil, e possuem diferentes políticas sociais no âmbito da velhice. Contudo, também enfrentam os revezes associados a longevidade, até então sem precedentes. A configuração de como as políticas são delineadas depende de uma complexa conjuntura do papel do Estado na regulação da vida social, bem como a forma como a família, o mercado e a sociedade se organizam na prestação desses cuidados. Os cuidados de longa duração, como os ofertados por Instituições de Longa Permanência para Idosos, situam-se em um dos eixos de prestação de cuidados, dos quais transitam discussões sobre sua qualificação técnica, capacidade gerencial e humanização do atendimento. Objetivos: Investigar as perspectivas de cuidados, programas e serviços de atenção ao envelhecimento na década do envelhecimento saudável (2020 a 2030) e para 2050; bem como os desafios e oportunidades às políticas de cuidados continuados e de longa duração no Brasil e Portugal. Trata-se de um estudo comparativo, com abordagem quantitativa e qualitativa, do tipo exploratório, cujo objetivo será investigar os desafios (a médio e longo prazo) e perspectivas associadas a prestação dos cuidados às pessoas idosas. Para isso será conduzido em três etapas. Serão investigados estudiosos, acadêmicos, gestores e profissionais de Brasília/DF e Lisboa/Portugal por meio de inventários eletrônicos, seguidos por entrevistas semiestruturadas e em profundidade. Os depoimentos, compreensões e as perspectivas dos investigados serão analisadas por meio da análise temática de Minayo. Os dados quantitativos serão tabulados para análise descritiva e inferencial. |