Resumo: Esta proposta faz parte da continuidade dos estudos com envelhecimento do nosso grupo de pesquisa, desde o projeto aprovado no Edital Universal/2016 (processo: 400203/2016-2), bem como tem conexão com a proposta de bolsa PQ-2 aprovada em 2016 (processo: 303042/2016-8) e bolsa PQ-2 aprovada em 2019 (308738/2019-5). O projeto tem a participação de três alunos de iniciação científica, dois alunos de mestrado, dois de doutorado e um de pós-doutorado que utilizarão os dados para as suas respectivas defesas e está inserido na linha “Exercício físico, envelhecimento e parâmetros de saúde”, na qual a nossa atuação tem sido mais destacada. Ademais, recursos e economias de projetos anteriores (procura por melhores preços e descontos obtidos por pagamentos à vista), além da contrapartida da UCB, viabilizam a execução deste projeto. Ainda, caso tenha a oportunidade de receber novamente a bolsa PQ, poderemos dispor de taxa de bancada e com isso uma maior contribuição para formação de recursos humanos e de corpo de conhecimento sobre exercício físico e envelhecimento. Organizações internacionais preveem que, em 2025, existirá 1,2 bilhão de pessoas com mais de 60 anos de idade. A prevalência de doença renal crônica (DRC) aumenta com a idade e atinge maiores escores em idosos, de modo que o Brasil apresenta números similares aos países desenvolvidos. O exercício físico é uma ferramenta não-farmacológica para a prevenção, tratamento e atenuação de sintomas mais graves da DRC, ao passo que pode reduzir à inflamação, os distúrbios metabólicos, a incidência de doenças cardiovasculares, distúrbios minerais ósseos, internação hospitalar e mortalidade, além de melhorar a qualidade de vida e a funcionalidade física. Ademais, o treinamento de força aumenta a força muscular, gera hipertrofia, reduz a dor, marcadores de inflamação e pode até atenuar a progressão da DRC em idosos. Considerando a fragilidade da condição clínica de idosos em diferentes estágios da DRC, a combinação do treinamento de força com a fotobiomodulação poderia maximizar os resultados, atenuar dores excessivas, inflamação, intercorrências cardiovasculares e osteotendíneas, bem como acelerar a recuperação após as sessões de treino, o que poderia diminuir o desconforto e aumentar a aderência, além de permitir atendimento aos pacientes com baixa tolerância ao exercício físico. Com isso, o presente projeto, trata-se de um estudo de caráter experimental que será realizado no Campus I da Universidade Católica de Brasília. Serão utilizados os laboratórios de Estudo de Força e Avaliação Física e Treinamento. Métodos: Após completarem os exames clínicos, serão selecionados 120 idosos com DRC submetidos a hemodiálise em fase de manutenção previamente sedentários e idade ≥ 60 anos. Os voluntários serão distribuídos aleatoriamente entre três grupos: idosos com DRC controles que não realizarão treinamento de força e nem terapia de laser de baixa intensidade, idosos com DRC submetidos ao treinamento de força + placebo (TF), idosos com DRC submetidos ao treinamento de força + associado à terapia de laser de baixa intensidade (TFL). Portanto, o objetivo do estudo será avaliar o efeito do treinamento de força combinado com à terapia de laser de baixa intensidade (TLBI) sobre parâmetros renais, neuromusculares, cardiovasculares, imunes, capacidade funcional, qualidade de vida e aptidão física em idosos com DRC. A hipótese do projeto é que idosos com DRC submetidos ao treinamento de força associado à terapia de laser de baixa intensidade vão apresentar melhores resultados nas variáveis analisadas e que a TLBI deva ser incorporada em programas de exercício e saúde para essa população. Contribuições científicas: Melhorar a compreensão sobre os efeitos do treinamento de força associado à terapia de laser de baixa intensidade em idosos no estágio hemodialítico sobre diversos parâmetros de saúde e da DRC, o que pode auxiliar e incentivar novas pesquisas sobre essa temática. O projeto poderá incentivar o uso da terapia de laser de baixa intensidade isolado ou em associação com o exercício para facilitar a participação de idosos em programas de treinamento, além de reduzir o desconforto físico e a desistência, melhorando a qualidade de vida e o bem estar social. |