Coordenador(a): | KARLA HELENA COELHO VILACA E SILVA | ||||||||
Vigência: | 01/12/2023 a 31/12/2026 | ||||||||
Situação: | Ativo | ||||||||
Programa/Curso: | Gerontologia - Stricto Sensu | ||||||||
Escola: | {nme_escola} | ||||||||
Agência: | Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico | ||||||||
Edital: | Chamada CNPq Nº 21/2023 - Estudos Transdisciplinares em Saúde Coletiva | ||||||||
Chamada | Chamada Única | ||||||||
Resumo: Processo: 445152/2023-0 Vigência: início: 13/12/2023 fim: 31/12/2026 Título: 80 e mais anos: Um Estudo Longitudinal dos Fatores de Risco e fatores de proteção de Mortalidade, Fragilidade e Incapacidade Funcional de pessoas idosas Instituição de Execução: Universidade Católica de Brasília CNPJ: 00331801000482 Ação: Chamada Nº 21/2023 - Faixa B - Estudos Primários e Originais Valor Global: R$ 835.720,00 Capital: R$ 58.000,00 Custeio: R$ 256.800,00 BOLSAS DE LONGA DURAÇÃO: R$ 520.920,00 As bolsas: Iniciação ao Extensionismo - IEX e Desenvolvimento Tecnológico e Industrial - DTI (A) estão designada. As outras, alocarei posteriormente. RESUMO O número de pessoas idosas aumenta exponencialmente, e estima-se que 1 em cada 6 pessoas terá 60 anos ou mais em 2030, no entanto, as condições de vida são díspares e uma grande proporção dessas pessoas encontra-se em situações socioeconômicas complexas e inoportunas. Somado a isso, o contingente de pessoas que ultrapassam a fronteira dos 80 anos ou mais é o que mais cresce, sendo majoritariamente composto por mulheres e por pessoas com limitações funcionais. A esse respeito, estima-se que o número de pessoas com mais de 80 anos vivendo com incapacidade aumentou 77% nos últimos quinze anos (OPAS, 2023). Promover saúde a essa população implica considerar uma atuação transdisciplinar e multidimensional, de forma a buscar a manutenção da qualidade de vida, considerando os processos próprios de perdas características do avançar da idade, para que se atinjam a longevidade com o melhor estado de saúde possível, na busca pelo envelhecimento ativo e saudável (CIOSAK, 2011, OPAS 2020). Nesse sentido, serão necessárias ações de promoção do envelhecimento saudável em múltiplos níveis e setores, de modo a prevenir doenças, promover a saúde, manter a capacidade intrínseca e preservar a habilidade funcional da pessoa idosa para ser e fazer aquilo que ela valoriza (OPAS 2020). Para isso, estudos que avaliem fatores de risco para desfechos negativos como fragilidade e incapacidade (FRIED et al 2001) podem contribuir para a diminuição dessas incapacidades (VERAS, OLIVEIRA, 2018). Espera-se que esta pesquisa possa contribuir para o entendimento da influência das doenças crônicas e dos hábitos de vida nos desfechos em saúde da pessoa idosa longeva por meio da avaliação da capacidade intrínseca, que é o resultado da soma e da interação das capacidades físicas e mentais do indivíduo e suas interações com os fatores ambientais físicos e sociais a partir da premissa de que é possível evitar a dependência de cuidados mesmo diante da redução da capacidade funcional, se certas condições associadas forem precocemente diagnosticadas e controladas (OPAS, 2020). Além disso, é uma oportunidade para avaliar o impacto global da vivência de uma pandemia da magnitude da COVID-19 nessas pessoas, seja por infecção e mortalidade pela própria doença ou por impactos indiretos como isolamento social, medo e angústias vivenciadas. A partir de dados socioeconômicos, de saúde física, capacidade funcional, reserva cognitiva e recursos sociais avaliados em um período anterior à pandemia (2016-2018), será possível estimar o impacto desses indicadores sobre a mortalidade e a fragilidade dessa coorte, além de avaliar recursos intrínsecos utilizados por aquelas pessoas idosas que tiveram menos impactos negativos de saúde, o que pode servir de base para implementação de protocolos específicos para a orientação de profissionais da Atenção Primária à Saúde para pessoas com idade superior aos 80 anos, tendo em vista a grande heterogeneidade da população 60+ e portanto, com necessidades diversas de atendimento e acompanhamento, garantindo olhar ampliado e integral para os idosos longevos. Nesse sentido, as características biológicas, individuais e de estilo de vida, as redes de apoio, aspectos econômicos e sociais avaliados, podem ser avaliados como fatores determinantes e condicionantes de saúde (MORTARI, 2021; GEIB, 2012) da pessoa idosa e o impacto sobre a mortalidade. OBJETIVOS Geral: Identificar os fatores de risco para a incidência de morte, fragilidade, desnutrição e incapacidade funcional entre idosos longevos (≥80 anos), a partir do estudo inicial realizado em 2016 e 2018. Específicos: 1) Investigar relações entre as variáveis demográficas e econômicas e a incidência de morte, fragilidade, demência, desnutrição e incapacidade funcional no decorrer do tempo; 2) Investigar relações entre variáveis como analfabetismo, baixo nível de escolaridade e reserva cognitiva e a incidência de morte, fragilidade, demência, desnutrição e incapacidade funcional; 3) Investigar relações entre variáveis como recursos sociais e indicadores de resiliência psicológica sobre a incidência de morte, fragilidade, demência, desnutrição e incapacidade funcional; 4) Avaliar o impacto de biomarcadores (hemoglobina glicosilada, creatinina, citocinas inflamatórias) sobre a incidência de morte, fragilidade, demência, desnutrição e incapacidade funcional. METODOLOGIA Trata-se de um estudo analítico de coorte, prospectivo, de base populacional e domiciliar que será desenvolvido em duas ondas de levantamento de dados, tendo a primeira sido realizada entre 2016/2018, com projeto aprovado pelo CEP com número do parecer: 1.185.879. Na primeira onda, os indivíduos deveriam ter 80 anos ou mais de idade, sendo recrutados, de forma voluntária no ambulatório de Geriatria da Universidade Católica de Brasília (UCB) e que consentiram em participar. Na oportunidade, foram coletadas variáveis demográficas e socioeconômicas, eventos estressantes vividos na infância e na velhice, indicadores de reserva cognitiva, saúde física, dosagem de citocinas inflamatórias e anti-inflamatórias, recursos sociais e elementos de resiliência psicológica. A maioria é do sexo feminino 65,3%, declararam-se como brancas 67,6% e são viúvas 47,7%. Nesta nova onda, proposta no presente projeto, os participantes serão novamente submetidos a avaliações clínicas e desempenho, entre os anos de 2023 e 2024, e em caso de ocorrência de óbito familiares ou cuidadores serão entrevistados para obter informações sobre condições do óbito. Serão novamente dosados por citometria de fluxo: interleucina (IL) 10, IL-6, IL-4, IL-2, fator de necrose tumoral (TNF-α) e interferon gama (IFN-γ). Para as avaliações das condições associadas à perda de capacidade intrínseca, será aplicada a Ferramenta de Triagem ICOPE do Ministério da Saúde para rastreio de declínio cognitivo, mobilidade reduzida, má nutrição, deficiência visual, perda auditiva e sintomas depressivos (OPAS, 2020). As coletas acontecerão no ambulatório de Geriatria e Gerontologia da UCB, onde os pesquisadores utilizarão consultórios reservados e adequadamente equipados com os instrumentos necessários para avaliação, sendo assim a UCB possui infraestrutura necessária ao desenvolvimento da pesquisa e um parque de equipamentos completo para execução das etapas. Será realizada avaliação transdisciplinar (constituída por gerontólogo, fisioterapeuta, enfermeiro, médico e psicólogo) para a coleta das informações de saúde, aplicação de questionários, escalas e testes físicos. A pesquisa atenderá aos preceitos éticos e Científicos conforme estabelecido na Resolução MS Nº 466, de 12 de dezembro de 2012 e fundamentos da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) (BRASIL, 2018). Todas as respostas serão registradas em formulário eletrônico e enviadas a uma planilha. Para garantir a segurança dos dados contra acesso não autorizado, alteração, divulgação ou destruição não autorizada das informações, os documentos serão criptografados, com acesso restrito, verificação em duas etapas e recurso de navegação segura. Ao final da pesquisa será realizado download dos dados para um dispositivo local e serão apagados os dados da “nuvem”. Critérios de inclusão: ter participado da primeira etapa da pesquisa (2016-2018); ser capaz de compreender as instruções; residir no Distrito Federal; consentir passar por nova avaliação presencial e/ou telefônica e/ou por videochamada. Não haverá critérios de exclusão, além da recusa em participar da nova avaliação seja presencial e/ou telefônica e/ou videochamada, ou a ausência de familiar ou responsável legal em conceder informações do paciente em questão. |
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Equipe: |
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Orçamento Aprovado:
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